segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A arte de Denilson Baniwa


Denilson Baniwa, 33, nasceu em Rio Negro na aldeia Darí, que mais tarde ficou conhecida como comunidade Baturité/Barreira. Atualmente sua arte mais famosa está no Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro na exposição Dja Guata Porã e se chama Cobra do Tempo, é uma serpente baseada no mito da Cobra-Canoa que mede cerca de 75 metros e ocupa duas salas do Museu e já foi vista por mais de 104 mil pessoas nos cinco primeiros meses de exibição.

"Sou Denilson Baniwa, do povo Baniwa nascido e criado no Rio Negro. Sou artista visual, ilustrador e designer, devido a um privilégio de ter acesso aos meios acadêmicos e meios de produção ocidental pude criar um discurso que une o contemporâneo ao tradicional criando a minha identidade enquanto artista. Minhas linguagens e discursos artísticos vão desde da minha vivência enquanto Ser indígena até ao metafórico onde me aproprio de ícones ocidentais para comunicar a luta indígena. Meus discursos sempre são ácidos, provocativos e desejam estimular mais indígenas a integrarem um luta contra a colonização e a indigenização de todo sistema brasileiro desde do educacional ao cultural. Meus suportes de trabalho são desde físicos como canvas, projeções e instalações até meios não palpáveis como a tecnologia e meios digitais.


Não me articulo ou me defino como criador de “arte indígena” ou artes “exclusivass à temática indígena”, mas o meu processo de criação tem sempre uma influência do universo em que nasci. Não sou um artista indígena, sou um artista de multíplas perspectivas que nasceu indígena.
Meu objetivo é potencializar boas e novas ideias, sejam indígenas ou não, mas que provoquem um pensar sobre toda a condição que indígenas foram obrigados a enfrentar desde 1500 e a nossa resistência ao longo dos tempos."







https://www.behance.net/denilsonbaniwa

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